O bom da vida é sair por aí...Descobrir o mundo, descobrir as pessoas e as coisas...Sentir, olhar, experimentar... viver o que é bom e saber diferenciar...ampliar os horizontes sem ter medo de ousar!!!!

Por Camila Marinho

29 de julho de 2007

Evolução das espécies


Vale clicar na foto para ver em tamanho maior e enxergar bem!!!!
Uma das melhores fotos que já recebi! Incrível como o homem evolui, não é mesmo???? É a maior prova da evolução das espécies! Viva os atleticanos!!!!

27 de julho de 2007

Arte, cultura e prazer em Minas

Na minha passagem por Minas conheci o espetacular "Inhotim Centro de Arte Contemporânea", popularmente conhecido como "Museu do Inhotim". Localizado a quarenta quilômetros de Belo Horizonte, em Brumadinho, na região metropolitana, o Museu é um desses lugares que a gente tem que conhecer um dia.

Eu soube do Museu através de uma reportagem na TV e fiquei encantada. Pensei: "assim que chegar em Minas eu vou conhecer". E, de fato, conheci.

É um museu completamente diferente dos que eu já tinha visitado no Brasil e até fora do país, a começar pelo lugar. A natureza se encarrega de deixar o visitante boquiaberto. Basta olhar para a foto abaixo e sentir um pouco do que o lugar reserva.



O Inhotim ocupa uma área de 35 hectares de jardins, parte deles criada pelo paisagista brasileiro Burle Marx. Além disso, abriga uma grande coleção botânica de espécies tropicais, muitas delas raras e únicas!



Na foto ao lado uma "Palmeira Rafia", com hastes de até 20 metros de altura. Elas são consideradas as maiores do reino vegetal.



Nesta outra foto, à esquerda, uma coleção de 250 orquídeas do gênero Vanda. São espécies com idades entre 10 e 25 anos.

Claro que tudo isso é só um aperitivo. O museu é uma mistura de parque ambiental com arte contemporânea. Só o cenário já parece um quadro pintado por um artista.

E à medida que o visitante percorre esse quadro, vai sendo absorvido por cada obra exposta ali. São quase 300 obras contemporâneas, muitas em meio à natureza, que nos permitem experimentar as mais diversas sensações. Acima, a casa de vidro criada pelo artista alemão Dan Grahan. O reflexo distorcido nos espelhos nos faz voltar a infância.

Outras obras se revezam expostas nas 7 galerias erguidas em arquitetura moderna. Dentro delas não são permitidas imagens ou fotos. Por isso, essas obras não aparecem aqui. Mas vale citá-las. Uma dessas instalações, do carioca Cildo Meireles, mostra um ambiente criado em tom único: o vermelho! Cor que cobre o chão, as paredes, os móveis e até um singelo passarinho.

Em outra sala, também de Cildo Meireles, o visitante é levado a perceber o mundo e o espaço atráves de pequenas sensações, como andar em vidros estilhaçados. Incrível!

Outra instalação que me impressionou muito foi a de Janet Cardiff. É uma sala com várias caixas de som que convidam o visitante a parar, relaxar e voltar no tempo. A música é "Spem in Alium nunquam habui", do compositor inglês Thomas Tallis, composta em 1575 para comemorar o aniversário da Rainha Elizabeth 1ª.

Trata-se de uma instalação sonora para 8 coros de cinco vozes que reproduz a mais complexa obra polifônica já criada para coral. A composição foi gravada com microfones individuais. E cada caixa de som instalada ali reproduz o som de um integrante do coral. Dessa forma, o visitante vai percorrendo a instalação, parando nessas caixas de som, e percebendo diferentes vozes e combinações. Essa foto abaixo não é minha (já que não é permitido clicar dentro das galerias). Retirei do site do Museu, só para que vocês tenham um noção do ambiente.




Ao ar livre também estão esses painéis de gesso criados pelo americano John Ahearn e pelo porto-riquenho Rigoberto Torres. São esculturas de parede que retratam a comunidade local. Abaixo, a rodoviária de Brumadinho-MG.


O Inhotim Centro de Arte Contemporânea é, sem dúvida, um passeio muito prazeroso.
Não dá para ir com pressa, preguiça, ou de mau-humor. E não pense que é um daqueles chatos museus existentes por aí afora. Da criança ao idoso, tudo mundo se interessa! Acho que não dá para nem para chamar o lugar de museu. Afinal, é mais do que um lugar de obras. É um lugar de cenários. Que outro museu permite um contato tão estreito com a natureza? Que outro museu permite relaxar entre uma obra e outra?? Na foto abaixo, um tempo para meditação. Sentada em uma das cadeiras de frente para o lago, esqueço da vida!


E se você quiser dar uma pausa para fazer um lanche também é possível. Comi um pão de queijo maravilhoso lá. Abaixo, eu e papai fazendo um lanchinho.




O Museu também oferece restaurante (muito chique por sinal) e um barzinho. Ambos super charmosos! O Inhotim está aberto ao público de quinta-feira a domingo e feriados, das 9h30 às 16h30. A entrada custa 10 reais inteira. Estudantes (com carteirinha) pagam meia e pessoas acima de 60 anos também.

Saí de lá com a sensação de quero voltar. Indiquei o passeio a vários amigos e, tenho certeza, todos vão adorar!
Para informação: Segundo um estudo da empresa mineira de turismo Belotur, o lugar já está entre os quatro maiores destinos turísticos de Minas. Álém disso, foi considerado pelo Guia 4 Rodas como uma das melhores atrações do país.

26 de julho de 2007

Rumo a Brasília na Vila do Chaves

Me senti atriz de novela mexicana na noite desta quarta-feira (25). Era dia de reunião de condomínio no meu prédio. Na verdade, eleição de síndico, que já havia sido adiada uma vez por falta de quórum. Nesta quarta, o número de participantes continou baixo, menos de 10% dos condôminos, mas a eleição teve que ser feita. Quer dizer, não foi propriamente uma eleição porque não teve escolha. Só havia um candidato a síndico. E nenhum a sub-síndico!!! Parecia comédia mexicana. Em alguns momentos me senti na Vila do Chaves (se lembram da Dona Florinda, Seu Madruga, Kiko e Chiquinha??)....

Para encontrar o sub-síndico foi um Deus nos acuda. Todos os (poucos) participantes foram cogitados para assumir "o cargo", inclusive eu... Alguns até insistiam, mas nem me passava pela cabeça assumir tamanha responsabilidade. Primeiro porque não tenho tempo. Segundo porque não levo jeito para isso!

E foi um tal de procura aqui, convence ali, até que um condômino chegou a sugerir que se fizesse sorteio para escolher o sub. Quem saísse com o nome no papel teria que assumir e pronto! Dá para imaginar uma loucura dessas?? Eu ouvia e me beliscava para ver se estava sonhando (ou tendo um pesadelo), mas infelizmente era real... Claro que isso não aconteceu né???

Enfim, foram várias propostas "indecentes", até que um morador chegou para a reunião (atrasado, é claro). Nem bem ele entrou na sala, e já foram perguntando se ele queria ser o sub-síndico. Eis que ele prontamente respondeu que sim. E aí foi aquela salva de palmas!

Assim que os aplausos cessaram, eu perguntei a um vizinho: "a propósito, qual o nome dele mesmo?"
O vizinho não soube responder.... Ou seja, o sub foi escolhido sem, sequer, sabermos o nome dele. Vila do Chaves ou não???

Além da dificuldade para encontrar um sub, também foi difícil formar o Conselho Fiscal do prédio (o Conselho se reúne toda semana para fiscalizar as contas, propor mudanças, deliberar sobre alguns assuntos, etc).
Quando finalmente 3 moradores se colocaram à disposição, disseram que era preciso escolher os suplentes! É mole??? Fui convidada, mais uma vez, e refleti bastante.
"Tudo bem, disse. Serei suplente no Conselho Fiscal".

Pela primeira vez na vida eu seria suplente de alguém. Olha a responsabilidade!
Já estava até gostando de ser suplente quando fui promovida!!! Uma moradora havia desistido de integrar o Conselho, por isso, todos os outros moradores praticamente me "obrigaram" (no bom sentido da palavra) a deixar a suplência para assumir a vaga no Conselho Fiscal! Vila do Chaves ou não???
Eu nem esperava por essa "promoção".

Agora, como membro do Conselho Fiscal do prédio, já estou cheia de idéias. E como todo político, faço (boas) promessas.
Prometo não me tornar como os parlamentares de Brasília..
Prometo fiscalizar com isenção...
Prometo fazer para acontecer....
Prometo também...... cumprir o que prometi!!!

24 de julho de 2007

Relembrando BH....

Uma das coisas que mais gosto de fazer em BH é ir nos inúmeros cafés que existem por lá. São vários e super charmosos. Quando morava lá, eu vivia marcando encontro com amigos em algum café! Esta foto abaixo eu tirei na "Livraria da Travessa", no coração da Savassi, enquanto bebericava um delicioso chocolate quente. Fui me encontrar com Júnior, um velho e grande amigo que conheci na época que trabalhava lá.
Só para conhecimento: na Livraria da Travessa é possível encontrar livros (claro), CDs, DVDs e um aconchegante Café Bar.



Quando criança eu costumava frequentar o Varandão do Othon, um restaurante no 25º andar do Othon Palace Hotel. Decidi matar a saudade desta vez. Depois de um passeio no Mercado Central, eu, Marcones e Priscila (minha irmã) subimos até lá só para beber um chopp e apreciar a vista de BH do alto!!!!
Abaixo, Priscila e Marcones brindam BH e Aécio Neves!!! Foi uma brincadeira que a gente fez, afinal, Minas e BH estão outra coisa (melhor, é claro) na gestão dele!


Outra coisa boa em BH são os inúmeros bares!!!! Por isso, BH é conhecida como a capital dos bares. Fui no Pinguim (cervejaria famosíssima de Ribeirão Preto – SP), que abriu em BH. Na verdade, nem fiquei muito tempo lá. A cerveja demorou a chegar e fomos embora. Paramos no Albanos, que tem o melhor chopp (na minha opinião) de BH. É fabricação própria, bem levinho e com espuma cremosa. Perfeito! Ah, vale lembrar que ele foi eleito pelo 8º ano como o melhor chopp de BH pela Revista Veja. Na foto abaixo estão (da esquerda para direita): Jaynne, Bel, Priscila, Mamãe, Pablo, Carla, eu e Marcones. Tim-Tim!!!

21 de julho de 2007

ACM e o povo!


A foto mostra o momento em que o corpo do senador Antônio Carlos Magalhães é enterrado no cemitério do Campo Santo, em Salvador (21/07). Reparem na multidão de jornalistas, de vários lugares do país, posicionados na parte mais alta do cemitério!


Já a foto abaixo foi tirada na sexta-feira, dia da morte do senador. Este senhor eu encontrei na Igreja do Bonfim, local em que o senador Antônio Carlos Magalhães costumava frequentar (por ser devoto de Senhor do Bonfim).
E este senhor estava desesperado. Vestindo uma camisa com a foto do senador, e com um quadro de ACM ao lado, ele chorava e rezava incessantemente. Me comovi com a emoção dele!
E, assim como este senhor, milhares de pessoas choraram a morte de Antônio Carlos Magalhães! Não tenho a menor dúvida: ACM foi um dos maiores líderes políticos que a história já conheceu. E foi o político que mais amou e defendeu o seu estado!

A Bahia de luto


Foi uma sensação estranha, como se ACM não tivesse morrido e fosse acordar a qualquer instante. Foi assim que me senti durante toda a sexta-feira (20), enquanto fazia a cobertura sobre a morte do senador. Em apenas dois anos na Bahia, pude sentir como o povo baiano ama Antônio Carlos Magalhães. Essa é a palavra que, acredito, melhor expressa o sentimento dos baianos: amor! Claro, existem muitos que não gostam, mas é como me disse uma pessoa: "nem Jesus agradou a todos" (sem querer fazer comparações, é claro)! O fato é que a maioria idolatra ACM e, muitas vezes, até o considera como um membro da família sem mesmo nunca o ter conhecido.

Eu, particularmente, encontrei e entrevistei o senador algumas vezes. E ele sempre foi muito simpático e educado. Fora isso, eu o admirava por perceber o amor que ele sentia pela Bahia.
ACM podia ter milhões de defeitos (e quem não tem), podia ter errado (quem não errou), podia também ter desagradado, mas é INEGÁVEL que ele realmente amava a Bahia. E como amava!!! Defendia o seu estado com unhas e dentes! E, assim, conseguiu mudar a cara do estado. Trouxe indústrias, construiu ruas e avenidas, abriu estradas, combateu a criminalidade, recuperou espaços culturais... enfim, são tantas coisas que fica difícil enumerar todas elas! Ele foi mais do que um líder político! ACM foi a voz em defesa da Bahia!

A COBERTURA - Antônio Carlos Magalhães estava internado desde o mês passado no INCOR, mas na última semana todos pareciam prever que o pior estava por vir. Boatos chegavam a todo instante. E na TV Bahia, emissora que pertence a Antônio Carlos Magalhães, e onde trabalho, os telefonemas não paravam! Muitos ligavam querendo saber se a morte estava confirmada!

Nesta sexta-feira (20), quando cheguei na TV, senti pela expressão dos colegas que aquele era o dia! Estavam todos tensos e preocupados! Eram 10 da manhã. Mas a morte do senador ainda não tinha sido confirmada. E tínhamos que nós preparar para o jornal que começaria dali às duas horas. Até então, seria um jornal normal, como todos os dias: factuais (notícias do dia), notícias frias (como chamamos aquelas que não são do dia), entrevistado no estúdio e por aí vai... De stand-by, tínhamos algumas coisas prontas sobre a vida do senador, ou seja, matérias contando sua história e trajetória, uma espécie de perfil de ACM. Muitos de vocês não sabem, mas toda emissora de TV deixa preparado um "perfil" de alguém que normalmente está doente ou internado. É praxe nas redações. Isso deve ser feito porque, no caso da morte, já temos alguma coisa que pode ser levada ao ar imediatamente.

E, assim, na manhã de sexta, seguíamos numa tensão alucinamente, sem saber como seria o jornal. Às 11h50, faltando dez minutos para o jornal local começar, entrou o plantão da Globo anunciando a morte do senador. Foi uma loucura. A televisão parou para assistir à notícia e, logo em seguida, todos correram para preparar o jornal! Pedimos desculpas à entrevistada que já tinha chegado e falamos que não daria mais para fazer a entrevista. Tudo o que estava previsto foi "derrubado" para fazer um jornal apenas sobre ACM.

Eu estava apresentando o jornal juntamente com Casemiro Neto (apresentador oficial) e imediamente seguimos para o estúdio. Enquanto isso, a editora-chefe e todos os outros editores preparavam o jornal que começaria dali a pouco tempo. As notas iam sendo "batidas" (digitadas) na hora e equipes de repórteres foram sendo deslocadas para fazer a cobertura. Do estúdio, eu e Casemiro íamos sabendo das notícias na hora, algumas vezes descobrindo no ar, enquanto líamos!

Claro, foi uma grande responsabilidade. Qualquer deslize comprometeria a qualidade do jornal e da própria emissora (de ACM)! Mas tudo correu bem! Conseguimos atualizar o telespectador dando as últimas informações sobre a morte do senador e, principalmente, fazer um retrospecto da vida de ACM. Para assistir ao Bahia Meio Dia, clique aqui

MUITO TRABALHO - Saí da televisão quase uma da manhã. Durante a tarde fiz uma matéria para o jornal local e depois segui para a base aérea de Salvador, onde acompanhei a chegada do corpo e o cortejo pelas ruas da cidade. Impressionante como o povo saiu para se despedir de ACM. Já era tarde e, mesmo assim as ruas estavam cheias. Por onde o caminhão do corpo de bombeiros passava, as pessoas gritavam, aplaudiam... Muitos choravam, outros simplesmente se desesperavam. Uma cena realmente impressionante. Eram jovens, crianças, adultos e idosos. Todo queriam dar o último adeus. Acabei fechando uma matéria para o Jornal da Globo, que mostra tudo isso. Para assistir, clique aqui

20 de julho de 2007

Amigo é coisa pra se guardar.... do lado esquerdo do peito!

Hoje, 20 de julho, é o DIA INTERNACIONAL DA AMIZADE!!! Aproveito para fazer uma homenagem aos meus inúmeros amigos, alguns perto, outros longe demais. O que eu simplesmente quero dizer é que gostaria de estar ao seu lado neste dia, dando muitas risadas e relembrando inúmeras coisas boas que vivemos juntos.

Você, meu amigo de infância, meu amigo de escola, meu amigo de faculdade, meu amigo de prédio, de vizinhança.... meu amigo de trabalho, meu amigo de família, meu amigo irmão, irmã, minha amiga mãe, meu amigo pai... minha amiga avó, minha amiga tia, meu amigo tio.... meu amigo de trajetória... SIMPLESMENTE AMIGO!!!!! AMIGOS QUE CULTIVEI POR ONDE ANDEI, POR ONDE PASSEI!!!! Sinto tanto por não estar perto, mas sinto você no meu coração, nas minhas lembranças.

Aproveito para pedir desculpas aos inúmeros amigos de BH que não pude encontrar nos poucos dias em que estive aí! E reproduzo aqui um texto enviado por minha tia Ju, escrito por Fernando Pessoa!

"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamos nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
- "Quem são aquelas pessoas?"
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto! "Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto... reuniremos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo.....
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

FERNANDO PESSOA

19 de julho de 2007

Tem de tudo...


Falei da Feira Hippie, em Belo Horizonte, no post anterior e hoje me dedico a falar sobre o "Mercado Central", outro point famoso das Gerais. O local é um outro "tem de tudo", com comércio, cultura e turismo. Desde criança fui acostumada a percorrer aqueles corredores ao lado dos meus pais. Comprávamos frutas, verduras e, principalmente, queijos e doces. Especialmente um doce de leite pastoso, levinho, maravilhoso, vendido lá. Bom, o fato é que eu simplesmente adoro "bater perna" no Mercado Central.


São mais de 400 lojas oferecendo tudo o que você imaginar.
E quando eu digo que tem de tudo é porque realmente tem: frutas (das comuns às exóticas), verduras, ervas, raízes, carnes, artesanato, produtos feitos em palha, queijos, doces, biscoitos caseiros deliciosos, cachaça (muita cachaça), panelas de ferro, pedra e cobre, passarinho, gato, cachorro, comida boa e por aí vai. E por falar em comida boa, coisa típica é parar ali para comer o famoso "fígado acebolado com jiló" e beber uma cerveja bem gelada. Tá certo que o tira-gosto não parece apetitoso para muita gente, mas até eu, que não sou fã de fígado nem de jiló, aprecio com prazer essa delícia feita no Mercado. Perfeito!!!!

Mais do que uma grande feira, o Mercado Central é um espaço descontraído de convívio social! Amigos se encontram para colocar o papo em dia, beber uma cerveja gelada, fazer compras ou até simplesmente passear! É tradição de muitos formandos bater ponto no Mercado Central às seis da matina, com roupa de gala e tudo mais, depois de uma noitada de festa!!!

Eu amo passear por ali. Quando morava em BH, marquei muitos encontros no mercado. Hoje, quando visito minha cidade, não deixo de dar uma passada ali. E sempre saio de sacola cheia, com tudo o que há de mais gostoso em Minas. Compro para mim e para os amigos.
Abaixo, minha irmã Priscila numa loja de cachaça, especialidade mineira.


E nesta outra foto, mais uma especialidade nossa: o queijo mineiro!!!! Este, que Priscila segura, é da Serra da Canastra, o ideal para fazer o típico pão de queijo!


Mas nem só de especialidades mineiras faz história o Mercado Central. Não dizem que pimenta boa é a que vem da Bahia?? Olha eu aí, numa loja cheia das "ardidas"!!! Tudo bem que essas, na foto abaixo, não vieram da Bahia. Foram feitas em Minas Gerais... Mas não deixa de ser um exemplo da diversidade!!!!

18 de julho de 2007

A feira hippie

Quem conhece Belo Horizonte sabe que é sagrado para qualquer mulher mineira ir à famosa Feira de Artes e Artesanato na Av. Afonso Pena. Aliás, melhor seria dizer "Feira Hippie", como ela realmente é conhecida. Só que de hippie mesmo ela tem muito pouco!!! Explicando melhor: é a maior feira de artesanato que conheço no país. E tem de tudo, mas de tudo mesmo!!! Sempre acontece aos domingos de manhã, por isso a avenida fica fechada para carros.
São aproximadamente 2,5 mil barracas coloridas que vendem bolsas, sapatos (de todos os tipos e última moda), carteiras, chinelos, cintos, bijouterias, roupa masculina, feminina e infantil, artigos de decoração, enfeites de madeira, de plástico, de papel, de pedra sabão, flores artificiais, pequenos móveis de madeira, cortinas, comidas, churrasquinho, cachorro-quente, acarajé, salgadinhos, cerveja, refrigerante, suco, bombons (de coco, morango e muitos mais) e tudo o que você conseguir imaginar!!!

É o paraíso das mulheres mineiras (e também de muitos turistas que vão a BH só para fazer compras lá)!!! E funciona assim: se você leva pouco dinheiro, sempre sai reclamando que faltou grana para comprar aquela sandália maravilhosa, por exemplo! E se leva muito $$ também reclama que gastou tudo e ainda faltou comprar mais... Mas não é brincadeira. É realmente o paraíso das mulheres! Elas ficam loucas andando por lá! E nem pense em levar o marido, namorado ou homem impaciente ao seu lado! Eu já cometi esse erro algumas vezes! Como eles reclamam!!!! Acham que estamos andando há horas e comprando tudo! Não conheço um que tenha paciência de andar ali dentro sem reclamar!

Quem conhece a Feira Hippie sabe que o melhor é chegar entre 6 e 7 da manhã, horário mais vazio e quando é possível encontrar, por exemplo, todas as numerações de sapatos! A partir das 10hs da manhã começa a ficar lotado e fica impraticável andar ali dentro. Mas para "mineira sabida" isso é tarefa fácil!!!! Mais fácil ainda é acordar cedo num domingo, depois da noitada de sábado, só para ir à Feira! Fica difícil encontrar mineira que nunca tenho feito isso na vida! E uma vez ali dentro, é preciso procurar bastante, desde o melhor preço à boa qualidade! São produtos artesanais, alguns bem feitos, outros não! Por isso, dá-lhe andança!!!

Quando morava em BH amava ir à Feira Hippie. E hoje, todas as vezes que volto a minha terrinha, não deixo de dar uma passada lá. Posso ter chegado de madrugada, estar super cansada, que mesmo assim acordo cedo e vou!!!!
No último domingo (15) fui para a Feira, claro!!!! E, obviamente, não saí de lá de mãos vazias!!!
Comprei várias coisas, de um sapatinho de oncinha a uma cestinha de pães, e não gastei mais do que R$80,00! Nessa foto aí ao lado estão os itens que comprei! Perfeito, não é mesmo??? No domingo, escutei uma mulher dizendo para a outra (com "aquele" sotaque bem mineiro): "Nó, tô saindo daqui da feira realizada"!!! (ela comprava uma linda sapatilha preta).
Faço delas as minhhas palavras!!!!

17 de julho de 2007

Até quando isso vai durar???

Depois de cinco maravilhosos dias em Belo Horizonte, cheguei hoje à tarde (17) em Salvador. Enfrentei exatamente duas horas de atraso no aeroporto de Confins!!! Ainda lá, na hora de entrar na sala de embarque, quase fui confundida com uma "terrorista" por causa de uma tesoura que eu levava na bagagem de mão. Deixa eu explicar: comprei uma tesoura nova em Belo Horizonte, e minha mãe, que sempre me ajuda a colocar tudo o que compro dentro da mala, pôs a tesoura (embrulhada) na bagagem que eu levaria na mão. Por engano, é claro. Bom, o fato é que no "Raio X" eu fui questionada a respeito da tesoura e informada de que não poderia embarcar com a "perfurante", o que não é nenhuma novidade. É proibido levar qualquer objeto do tipo ou que ofereça risco aos passageiros e tripulantes na bagagem de mão. Mas para tudo dá se um jeito!!!!! A funcionária da Infraero, muito gentil por sinal, me disse que eu poderia voltar ao guichê da companhia aérea e despachar por lá. Porém, toda a minha bagagem já tinha sido despachada! Mesmo assim voltei ao guichê e expliquei a situação. O primeiro funcionário disse que eu não poderia despachar objeto retido. Outro disse que o "objeto" poderia ir num envelope, mas depois veio com uma conversa de que não poderia... Enfim, foi um tal de pode e não pode, mas acabei conseguindo! Obviamente com a boa vontade dos funcionários da BRA/Oceanair, que buscaram a minha mala para que eu guardasse a "assassina". Caso contrário eu teria que desistir dela. Mas não paguei R$8,90 por uma tesoura para deixá-la no aeroporto!!!! Ela foi comigo (ou melhor, dentro da mala)!
Além o atraso e do episódio da tesoura, fiquei tensa quando cheguei até o avião que me levaria a Salvador. Comprei passagem pela BRA, mas voei de Oceanair, afinal as duas companhias são parceiras agora.
E o avião era um Fokker 50, um modelo pequeno e que parece voar mais baixo! Fiquei num assento ao lado das turbinas, e nos momentos de pouso e decolagem (foram duas escalas) eu via as rodas, o que me provocava uma sensação um tanto estranha. A impressão é de que o avião poderia cair a qualquer momento. Nunca tinha voado num Fokker 50, apenas no Fokker 100 da TAM! Fora isso, os assentos são muito confortáveis e o atendimento dentro da aeronave em nada pecou!!!

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Nem bem cheguei (de avião) e recebo a notícia do acidente da TAM em Congonhas. Eu tinha ido para a aula de inglês e assim que cheguei em casa Marcones veio me falar do desastre. Achei que era brincadeira, mas com isso não se brinca. Senti um frio na espinha, fiquei arrepiada e estarrecida! Menos de 10 meses depois do trágico acidente com o vôo 1907 da Gol, que matou 154 pessoas, agora um outro desastre mancha ainda mais a imagem do setor aéreo brasileiro. Não tenho a menor dúvida de que há uma parcela muito grande de responsabilidade das autoridades neste novo episódio. Congonhas já registrou vários casos de derrapagens de aeronaves devido ao mau estado de conservação de suas pistas. Por causa disso, a pista principal passou por reformas no início deste ano e foi liberada para pousos e decolagens no dia 30 de junho. Porém, ela foi liberada sem que fosse feito o grooving (ranhuras para dar mais aderência aos pneus dos aviões e facilitar o escoamento da água). A ausência do grooving na pista auxiliar de Congonhas --a única disponível com a reforma da pista principal-- foi uma das críticas feitas em maio deste ano por Uébio José da Silva, do Sindicato dos Aeroviários, para justificar a predileção de pilotos em não pousar em Congonhas.
Agora nos perguntamos: será que apressaram as obras e liberaram a pista antes que ela estivesse realmente pronta? De quem é culpa? Qual a parcela de culpa das autoridades brasileiras? Até quando seremos vítimas do caos aéreo?

15 de julho de 2007

Descobrindo Minas


Sempre tive a Serra do Rola-Moça tão pertinho de mim e ao mesmo tempo longe. Perto porque morei em BH a "vida inteira", e longe porque nunca tinha ido lá. E só agora vim conhecê-la. Nesta minha estada em Minas (BH) aproveitei para ir a alguns lugares onde nunca estive antes, o mais gosto de fazer. Descobrir as coisas, os lugares... desbravar. Eu aqui falando que não conhecia a Serra do Rola-Moça, mas é impressionante a quantidade de gente (mineiro) que não a conhece! Mas esse lance de não conhecer o próprio estado é uma realidade brasileira. Papo para outro post. O que eu quero mesmo é falar da Serra do Rola-Moça, minha mais nova "descoberta". Não é nenhuma novidade que eu amo as montanhas, o clima, as pessoas, tudo de Minas. Mas a Serra é realmente linda! Passei por lá a caminho de Brumadinho, cidade da região metropolitana de BH, onde estive para visitar um museu.

A PAZ DA NATUREZA - A visão que se tem do alto da Serra é maravilhosa. Desci do carro no 'Mirante Morro dos Veados', que fica na metade da estrada (muito sinuosa) que corta o parque para chegar ao distrito de Casa Branca, em Brumadinho. Ali, caminhei pela terra vermelha, pisei no mais puro ferro (a região é riquíssima em ferro, por isso abriga inúmeras mineradoras) e senti um vento frio batendo no rosto. A sensação que tive foi de paz, tranquilidade...Parada, ali no alto, apreciei o terreno acidentado, bastante ondulado e montanhoso. É como um tapete verde a cobrir a região! Na foto abaixo estão Marcones e Papai.


PARQUE ESTADUAL DO ROLA-MOÇA: é uma das mais importantes áreas verdes do Estado. Situado na região metropolitana de Belo Horizonte, é o terceiro maior parque em área urbana do país e abriga alguns dos mananciais que abastecem a capital. São quase 4 mil hectares que servem de habitat natural de espécies da fauna ameaçadas de extinção como a onça parda, a jaguatirica, lobo-guará, o gato-do-mato e o veado campeiro. O Parque está situado numa zona de transição de Cerrado para Mata Atlântica, rico em campos ferruginosos e de altitude (que chega a 1300m). A vegetação diversificada proporciona ao Parque um colorido especial e um relevo peculiar, sendo encontradas espécies como orquídeas, bromélias, jacarandá, cedro, jequitibá e a canela-de-ema, que se tornou o símbolo do Parque. Recentemente descrito pela geologia, o Campo Ferruginoso é muito raro, sendo encontrado apenas em Minas Gerais, no quadrilátero ferrífero, e em Carajás, no Estado do Pará. O Parque abriga seis importantes mananciais de água - Taboões, Rola-Moça, Bálsamo, Barreiro, Mutuca e Catarina - declarados pelo Governo Estadual como Áreas de Proteção Especial. Eles garantem a qualidade dos recursos hídricos que abastecem parte da população da região metropolitana de Belo Horizonte. A distância de BH ao Parque é de apenas 25 km (partindo do bairro Savassi).

IMORTAL - A Serra do Rola-Moça teve seu nome contado em "causo" e foi imortalizada por Mário de Andrade em um poema que relata a história de um casal que, logo após a cerimônia de casamento, cruzou a Serra de volta para casa quando o cavalo da moça escorregou no cascalho e caiu no fundo do grotão. O marido, desesperado, esporou seu cavalo ribanceira abaixo e, "a Serra do Rola-Moça, Rola-Moça se chamou".

A Serra do Rola-Moça - Mário de Andrade

A Serra do Rola-Moça
não tinha esse nome não...

Eles eram do outro lado,
Vieram na vila casar.
E atravessaram a serra,
O noivo com a vida dele
Cada qual no seu cavalo.

Antes que chegasse a noite
Se lembraram de voltar.
Disseram adeus pra todos
E se puseram de novo
Pelos atalhos da serra
Cada qual no seu cavalo.

Os dois estavam felizes,
Na altura tudo era paz.
Pelos caminhos estreitos
Ele na frente, ela atrás.
E riam. Como eles riam !
Riam até sem razão.

A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não.
As tribos rubras da tarde
Rapidamente fugiam
E apressadas se escondiam
Lá embaixo nos socavões,
Temendo a noite que vinha.

Porém os dois continuavam
Cada qual no seu cavalo,
E riam. Como eles riam !
E os risos também casavam
Com as risadas dos cascalhos,
Que pulando levianinhos
Da vereda se soltavam,
Buscando o despenhadeiro.

Ah, fortuna inviolável !
O casco pisara em falso.
Dão noiva e cavalo um salto
Precipitados no abismo.
Nem o baque se escutou.
Faz um silêncio de morte,
Na altura tudo era paz...
Chicoteando o seu cavalo,
No vão do despenhadeiro
O noivo se despenhou.

E a Serra do Rola-Moça
Rola-Moça se chamou.

14 de julho de 2007

Relaxa e goza

Cheguei quase 10 da noite de quinta-feira em BH. Quer dizer, cheguei a essa hora no aeroporto, e não na casa da minha mãe. Meu vôo estava previsto para chegar às 19h50, então dá para imaginar quanto tempo esperei. Bom, o atraso começou no aeroporto de Salvador, com cerca de meia hora. E na conexão em Brasília esperei mais uma hora e meia. Só que não esperei no saguão. Minha espera foi dentro do avião!!! Claro que segui os conselhos da ministra Marta Suplicy. Fiquei impaciente com a demora, mas não briguei, não xinguei, não bati em ninguém.. Apenas RELAXEI E GOZEI. Isso mesmo!!!! Li parte de um livro e ainda tirei fotos!!!! É melhor do que ficar brava e acabar com o bom humor!!!
As fotos, eu tirei de dentro do avião, ainda a caminho de Brasília. Atravessando a Bahia pude ver o maravilhoso percurso do Rio São Francisco, pelo qual sou apaixonada!!! O melhor de tudo é que era fim de tarde e a visão do Velho Chico foi beneficiada pelo pôr do sol! Fantástico.
Abaixo uma foto um pouco melhor do Rio São Francisco visto de cima!!!
Em tempo 1: pela primeira vez viajei de BRA e gostei muito. Achei que durante o vôo não serviriam nada, ou então apenas uma barrinha de cereal! Mas me enganei!!! De Salvador a Brasília teve pão com presunto e cream cheese, bombom e biscoito!!! E de Brasília a BH (depois da conexão) teve uma espécie de pão pizza!!! Delicioso por sinal!
Em tempo 2: o atraso foi causado, mais uma vez, por uma operação padrão, e não por culpa da Cia Aérea!

12 de julho de 2007

A caminho de BH...

Sim, chegou o grande dia!!! O dia de ir pra BH!!! Como sempre, a ansiedade está a mil. Todas as vezes em que vou pra lá fico assim. Embarco às 16h30, mas só chego à noite! Claro que vou fazer o possível para escrever de lá! Então, já vou! As montanhas de Minas me esperam!

10 de julho de 2007

Amor e ódio na vida de um jornalista

É engraçado que nessa vida de jornalista a gente vive e sente de tudo um pouco (junto com nossos entrevistados): amor, ódio, alegria, entusiasmo, tristeza, pena, e por aí vai... Outro dia mesmo citei em um post uma conversa que tive com um frio assaltante. Ontem, dia 9, foi a vez de eu sentir raiva do personagem central de minha matéria. Eu estava cobrindo o depoimento do acusado de dar um soco em um diácono (que acabou morrendo) na fila de um caixa eletrônico em Salvador. Pra resumir: Segundo testemunhas, ele teria tentado furar a fila do caixa, mas foi impedido pelo diácono. Por isso, deu um soco no pobre coitado que, ao cair, bateu com a cabeça no chão e teve traumatismo craniano. Cinco dias depois ele morreu. Um absurdo. Mas enfim, fui cobrir o tal depoimento em que a imprensa pôde entrar e acompanhar tudo!!! E durante todo o interrogatório eu fiquei próxima ao acusado. Enquanto ele se dizia arrependido, confuso e até inventava uma outra versão para o fato (dizendo que o diácono é quem o teria empurrado primeiro), eu tentava posicionar meu microfone para perto dele e, assim, captar o que ele dizia. E não é que ele me olhava de cima a baixo com fúria nos olhos??? O mais curioso é que ao meu lado estavam duas colegas de outras emissoras. Mas era para mim que ele, a todo instante, olhava furioso. Até as colegas repórteres comentaram o estranhamento. Não sei se ele me ameaçava com o olhar, mas não desviei o meu olhar. Encarava sem medo (apesar de sentir um certo desconforto) e não retirei o meu microfone. Acho que talvez isso o tenha incomodado mais. Até mesmo pelo fato dele dizer, em alguns momentos, que a imprensa estava passando um imagem errada dele, o que não é verdade. Existem testemunhas que assistiram a tudo e ainda há um vídeo gravado pelo circuito interno de segurança do shopping! Tentar passar a imagem de bonzinho depois de "matar" alguém não cola!!!!

8 de julho de 2007

Patriotismo sem noção!


Eu não sei quem teve a idéia de criar uma corrente de e-mails pela internet boicotando o filme "Turistas". Só sei que recebi um desses e-mails, que dizia que o filme mostrava uma imagem violenta Brasil, uma realidade equivocada, blá, blá....
Li e reli o e-mail e continuei com a mesma vontade de assistir ao filme. Aliás, minha vontade só aumentou. Primeiro, porque sou curiosa. Segundo, porque queria ver se o filme realmente passava "essa imagem" negativa do Brasil.
Só para entender: Classificado com um filme de terror, "Turistas" é uma produção americana que mostra a história de um grupo de jovens viajantes em férias pelo litoral brasileiro. Eles acabam assaltados, drogados e vítimas de uma quadrilha de tráfico de órgãos.
A POLÊMICA Tudo iria muito bem, não fosse a história se passar no Brasil. Assisti ao filme, gostei, e, sinceramente, não vi nada demais. Quero dizer: é mais um longa de terror, com a diferença de ser rodado no Brasil. Se formos comparar a outros filmes do mesmo gênero talvez nem iremos nos lembrar onde a história se passou. Quer filme mais assustador do que "Bruxa de Blair"??? E "O Massacre da Serra Elétrica"?? Este último se passou em um vilarejo do Texas... Será que alguém deixou de atravessar o estado americano de carro por causa do filme?? Mas os brasileiros costumam se posicionar de maneira muito defensiva quando o assunto é Brasil. É um patriotismo sem noção!!!! Por que tantos filmes de terror foram rodados em várias partes do mundo e ninguém se revoltou???
Além de tudo, "Turistas" nada mais é do que um exemplo da nossa realidade.
Não adianta "querer tapar o sol com a peneira", mascarar o que acontece aqui.
A cada dia somos surpreendidos com mais casos de violência. E alguns com turistas estrangeiros. É a realidade e não adiantar querer esconder! Boas palavras a do produtor do filme, Raul Guterres: "Mudam a realidade do país, que a imagem também vai mudar"!!!

7 de julho de 2007

Recado das placas


Criatividade é um negócio que definitivamente não falta ao baiano. Encontrei essas placas à venda numa barraca em frente ao Mercado Modelo, em Salvador!
A que mais me chamou a atenção foi essa daí, logo abaixo.

Se eu comprei???? Deixa pra lá....

2 de julho de 2007

2 julho - Independência da Bahia


2 de julho é um dia especial para a Bahia. É o dia em que povo vai para as ruas comemorar a independência baiana!!!! A festa lembra a batalha que tornou o Brasil totalmente livre da dominação de Portugal. Quem não vive aqui talvez nunca tenha ouvido falar nisso, afinal o fato não está nos livros de história!! A data que consta nos livros como o Dia da Independência é 7 de setembro de 1822 . Erroneamente!!!

HISTÓRIA - No dia 7 de setembro de 1822, dom Pedro I proclamou a independência em uma viagem de volta de Santos para São Paulo. Esse dia é considerado a data da emancipação do Brasil como nação, o dia da Independência. Entretanto, durante algum tempo ocorreram lutas em diversos pontos do território brasileiro contra tropas portuguesas, que defendiam a continuidade da dominação de Portugal sobre o Brasil. Essas lutas pela consolidação da independência prolongaram-se do final de 1822 ao final de 1823. Na Bahia as lutas se estenderam até julho de 1823.
Salvador: foco de resistência portuguesa
Portugal desejava fazer de Salvador um foco de resistência à independência da Colônia. No início de 1823, tropas portuguesas chegaram a Salvador para reforçar os contingentes da Metrópole. A partir de então começou o cerco a Salvador, onde concentravam-se os militares e os comerciantes portugueses. Cercada, a cidade ficou incomunicável, sem alimentos e munição. Nos primeiros meses de 1823, a situação de Salvador deteriorou muito. Sem alimentos, as doenças matavam cada vez mais pessoas. Diante dessa situação, o chefe português permite a saída dos moradores de Salvador e cerca de 10 mil pessoas deixam a capital da província. Em fins de maio, uma nova frota brasileira comandada pelo inglês lord Cochrane chega a Salvador. Vendo que era inútil a resistência, as tropas portuguesas se rendem. O mês de julho começa com o embarque dos portugueses. No dia 2, o Exército brasileiro entra vitorioso em Salvador.

FESTA NAS RUAS
- Desde então, há 184 anos, o povo vai para as ruas vestido de verde e amarelo, carregando bandeirinhas, enfeitando casas e acompanhando o desfile cívico, que percorre inúmeras ruas da cidade! É uma linda demonstração de orgulho e patriotismo. Nem se compara ao 7 de setembro!!!! O 2 de julho é muito melhor!!
A fama dos baianos de povo guerreiro, feliz e festeiro não é à toa! Eles realmente têm orgulho de suas origens, de sua história e adoram demonstrar isso diariamente. Por isso comemoram tanto!!!

1 de julho de 2007

Ilha de Itaparica - Parte 2


Terra de João Ubaldo Ribeiro e tema de versos e canções.... Assim é a maravilhosa Ilha de Itaparica. Impossível não se apaixonar por ela! Já diziam Caetano e Gil, na música Beira Mar:


Mas o mar não é todo mar
Mar que em todo o mundo exista
Ou melhor, é o mar do mundo
De um certo ponto de vista
De onde só se avista o mar
E a Ilha de Itaparica

A Bahia é que é o cais
A praia, a beira, a espuma
E a Bahia só tem uma
Costa clara, litoral
Costa clara, litoral

É por isso que é o azul
Cor de minha devoção
Não qualquer azul, azul
De qualquer céu, qualquer dia
O azul de qualquer poesia
De samba tirado em vão

É o azul que a gente fita
No azul do mar da Bahia
É a cor que lá principia
E que habita em meu coração
E que habita em meu coração
E que habita em meu coração




Além de toda a beleza natural da Ilha, o que também me chamou a atenção foi a limpeza das ruas de Itaparica e o charme das casas, tanto as mais antigas quanto as mais novas! Vejam que interessante a casa na orla da cidade... Reparem que a frente é levemente arredondada, como se fosse o casco de um barco.

"ENDINHEIRADOS" - No post anterior comentei que muitos baianos têm casas de veraneio na ilha. Em sua maioria são casas simples, até porque os terrenos costumam ser baratos. Uma coisa é certa: não precisa ser rico para ter casa lá. Mas é claro que muitos abastados financeiramente têm maravilhosas casas no local.
E como a maioria deles não vem de ferry-boat, o píer de Itaparica costuma ficar cheio de lanchas que atracam por ali. Vale a pena conhecer...

ÁGUA MINERAL - Única Estância Hidromineral do país localizada à beira-mar, Itaparica é famosa por suas águas, que possuem propriedades medicinais. Passeando por ali, não dá para deixar de conhecer a Fonte da Bica, construída em 1842. O motivo é único: "promessa" para rejuvenescer! Verdade ou não, bebi da água, lavei o rosto e até molhei o corpo... Saí de lá me sentindo mais leve....